Todos os dias vemos o mundo. Vemos mas não o enxergamos verdadeiramente. Isso porque nossa mente está condicionada a ignorar aquilo que não faz parte do nosso próprio "universo", seja ele social ou econômico. Ou ambos, já que um acaba influenciando o outro.
Todos os dias, ao sair na rua, vemos pessoas passando fome, subexistindo e vivendo vidas que as vezes mal as pertencem. Estão sujeitas ao que lhes aparecer.
Olhamos tudo com uma certa angústia, que tende a desaparecer depois passados cinco minutos, e no dia seguinte já haviamos até mesmo esquecido desses pequenos detalhes.
Entramos então em um mérito de (des)igualdade e negligência. Negligência no mérito humano e ético, não legislativo. E desigualdade em todos os méritos.
A negligência se torna sim, legislativa quando nem mesmo o órgão criado para administrar esse tipo de "desdobramento social" faz algo para atenuar as desigualdades.
Mas ainda existe o fato de ignorarmos a o mundo ao nosso redor.
Quantas vezes você já se levantou um dia e pensou: "quero fazer alguma coisa para mudar essa situação"?
Lembrou-se de umas cinco ou seis, que geralmente ocorreram quando você estava passando por alguma dificuldade?
A essência do homem não é modificar o que está aparentemente bom para ele. Daí surgem questões importantes como a existência da solidariedade. Existe ou é pura ilusão? Em um mundo que prega o acúmulo de dinheiro como valor principal, ainda existem pessoas que acordam pensando : "vou fazer a minha parte para melhorar o que eu puder". Esse pensamento, quando alimentado, pode ajudar muitos. Não se trata de simplesmente doar bens materiais. A mudança deve vir no sistema como um todo. A execução das leis deve ser efetiva, todos devem ter acesso aos estudos, a Constituição deve parar de ser ignorada diariamente! Está na hora de acordar. O tempo está acabando.